sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Trabalho forçado não!

Contratos de Empregabilidade e Inserção

Eis um novo nome para trabalhos forçados e uma nova forma do Estado promover a precariedade dentro e fora dele. Contratos que não são de empregabilidade, porque não te garantem emprego, nem são de inserção, porque apenas és inserido na escravatura contemporânea.

Esta forma de terrorismo laboral serve para camuflar a verdadeira estatística do desemprego (tal como os cursos de formação e a emigração), para fomentar a desregulamentação laboral (tanto em salário, como em horário, vínculo e direitos), incentiva a desmotivação e a marginalização e não satisfaz as necessidades das pessoas.

Herdeira do ex-programa ocupacional de emprego (POC), ofende a dignidade dos trabalhadores chantageados pelo centro de (des)emprego que desempenham funções permanentes (ilegalmente) em autarquias, instituições estatais, entidades de “solidariedade” social (IPSS), em áreas como a saúde, escolas, segurança social (vão agora substituir 700 empregados), centros de dia, recolha de lixo, etc., e até na ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho). Por vezes são gozados pela entidade empregadora quando lhes dão expectativas de um contrato, o que é sempre uma farsa e pode criar quebras emocionais.

É um exército de voluntários à força para diminuir o poder reivindicativo e para aumentar o lucro não só do capitalismo de mercado, mas também do Estado.

Há cerca de 100 mil pessoas nesta situação ultrajante e ignóbil que não têm os mesmos direitos (de contrato, retribuição e protecção a acidentes/doenças profissionais...) do que outros assalariados com quem trabalham ombro a ombro, o que vai provocar atritos e divisões, em benefício de quem os explora a todos (“dividir para reinar”).

Não somos colaboradores, como agora nos chamam, não colaboramos com esta tortura social, a par com os estágios, as máfias das E.T.T. (empresas de terrorismo temporário), etc., mas o que podemos fazer além de denunciar este crime? Propomos que nunca se deixe de lutar quotidianamente, que nos auto-organizemos por locais ou empresas e usemos as tácticas eficazes da sabotagem, várias formas de greve (de zelo, por exemplo), solidariedade e acção directa, que há uma centena de anos atrás levaram à conquista de melhores condições de trabalho e de vida.

28/01/2015

sábado, 24 de janeiro de 2015

Trabalhadores da Amazon, na Polónia, organizam-se com a ZSP para lutar por condições de trabalho dignas!

Concentração da ZSP, secção da AIT na Polónia
Os trabalhadores sentem que foram mal informados acerca das condições de trabalho quando foram recrutados através da Manpower e Adecco.
São sujeitos a dias de trabalho de 10,5 horas, sendo que meia hora dessas é intervalo de almoço não pago; não possuem mais intervalos; são pagos a cerca de 3€ por hora, para realizar um trabalho altamente desgastante, envolvendo ter de transportar à mão caixas grandes e pesadas pelo armazém, devido à falta de empilhadoras. 
As agências deram-lhes a entender que iriam ganhar mais dinheiro, não explicaram que não iriam ganhar mais por trabalhar à noite ou aos Domingos e não mostram claramente nos recibos como calculam os salários.
A AIT-SP está solidária com a luta que a nossa secção irmã, a ZSP, está a travar na Polónia.

Basta de exploração na Amazon!
No more exploitation in Amazon! 
Dość wyzysku

Não somos máquinas!
We are not machines!
Nie jesteśmy maszynami!

Para o envio de protestos: http://amazon.zsp.net.pl/for-better-working-conditions-in-amazon/emailpage/

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Contra a precariedade na Orange/Arvato-Qualytel!

Concentração da CNT, secção da AIT em Espanha
A Arvato-Qualytel é uma empresa de serviços de telemarketing e assistência ao cliente para a Orange em Salamanca (Espanha). Essa destrói a possibilidade de emprego estável, ao substituir trabalhos regulares por trabalhos temporários, mantendo assim a maior parte dos trabalhadores em condições de absoluta precariedade.
São centenas de trabalhadores e trabalhadoras que renovam os seus contratos a cada 10, 15, ou 30 dias, tendo a constante ameaça de serem despedidos se não alcançarem os objectivos marcados pela Arvato-Qualytel e a Orange.
Não têm férias, têm menos dias de folga e, obviamente, não têm direito a indemnização se forem despedidos. Isso ocorre apesar de ser garantido o despedimento dos trabalhadores a cada dois anos, de forma a que as empresas não sejam assim forçadas a oferecer contratos permanentes aos seus funcionários.
A inspecção de trabalho confirmou o óbvio: estes contratos temporários são realizados "em fraude". A CNT e a AIT-IWA querem denunciar publicamente este esquema que afecta vários dos nossos filiados que estão à espera dos julgamentos.
Exigimos a contratação directa e permanente de todas as pessoas com contratos temporários, e a readmissão imediata dos nossos companheiros despedidos.
Um ataque a um, é um ataque a todos nós.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Basta de discriminação, assédio sexual e perseguição no Citibank!

Concentração da ZSP, secção da AIT na Polónia
Trabalhadores da Citibank na Polónia estão a enfrentar a corporação multinacional e a exigir o fim dos seus diversos problemas laborais.
Um trabalhador foi despedido após se ter recusado a aceitar uma redução salarial, após regressar de licença de paternidade. Segundo a lei, o trabalhador deveria ter o seu trabalho, ou outro com as mesmas condições, após regressar. A Citibank tentou pagar-lhe e livrar-se dele, mas ele decidiu lutar para recuperar o seu posto de trabalho e, por isso, foi despedido. Agora decidiu processar a empresa.
A ZSP, secção da AIT na Polónia, exige que o trabalhador seja imediatamente readmitido e que terminem os maus-tratos de trabalhadores que estiveram de licença de maternidade/paternidade.
Outro trabalhador está a lutar para obter salário igual ao dos colegas, após descobrir que está a receber somente perto de metade daquilo que os restantes trabalhadores na mesma posição recebem.
A ZSP exige que os salários sejam equalizados na Citibank e que a empresa remova as cláusulas de confidencialidade em relação aos salários.
Por fim, uma mulher foi vítima de assédio sexual no banco - e não é a única. Ela também está a levar a empresa a tribunal.
Apoiamos os trabalhadores na sua luta por condições laborais justas e decentes, livres de assédio e discriminação!